Califórnia - Los Angeles
- Iana Lua
- 13 de mai.
- 1 min de leitura
O plano era ir ver o oceano Pacífico em Los Angeles, mas uma neblina densa quase não permitiu. Aparentemente esse fenômeno acontece nessa época do ano: o ar gelado que vem do mar encontra o calor da terra, virando nuvem e frustrando turistas. O campo de visão se estendia só até onde as ondas quebravam, bem pertinho da praia, e onde alguns banhistas se aventuravam a nadar.
Passeamos pelo píer de Santa Monica e fomos caminhando pela orla até Venice Beach. Eu estava certa que esse passeio mudaria a primeira impressão que tive sobre Los Angeles, e mudou um pouco: parei de achar que parecia São Paulo e comecei a dizer que agora parecia uma mistura de Rio de Janeiro com Balneário Camboriú.
Mas a grande mudança aconteceu quando entramos nos canais de Venice. Ali, caminhando entre as casas e as pontes, estiquei o olhar para dentro das janelas e vi pessoas vivendo uma tarde de outubro qualquer. Naquele momento, Los Angeles deixou de ser uma cidade genérica e passou a ser a casa daquelas pessoas. E a casa das pessoas nunca é genérica, sempre tem algo especial.
Seguimos o passeio com o ânimo renovado. Quase fomos expulsos de um café (que fechava pontualmente às 18h), nos perdemos de propósito nas vielas do bairro, pegamos um Uber bem conversadeiro que nos contou como é desafiador para a juventude arcar com os valores absurdos de moradia na Califórnia, nos encantamos com as luzes da cidade durante a noite e jantamos uma comida mexicana deliciosa.
Foi aqui que começamos a curtir a Califórnia.
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