Fiz o primeiro terrário num impulso. Tinha recém saído do meu trabalho como professora e combinei comigo mesma que iria descansar antes de pensar no futuro. Mas, por mais que soubesse que meu corpo e mente precisavam desse tempo, confesso que estava difícil não me preocupar com o que faria depois…
Para evitar entrar num looping de ansiedade (que só me desgastaria ainda mais) decidi que, durante essas “férias”, iria me ocupar com aquilo que gosto, que me traz alegria e vitalidade - e me dei o prazo de um mês. Foi aí que comecei a caminhar na praia pelas manhãs, me aventurar a pintar aquarela e retomar projetos de costura há muito abandonados.
A cada dia, me sentia mais forte, leve e feliz.
E, foi num desses dias, que tive a ideia de fazer um terrário de verão. Fiquei tão empolgada que saí na mesma hora atrás de um vaso e suculentas. Na volta pra casa, costurei um bonequinho e um peixinho para compor a cena. Montei o terrário, encontrei um cantinho pra ele na sala e admirei, orgulhosa e satisfeita, o resultado.
Postei no Instagram e um amigo sugeriu que eu produzisse terrários para vender. Essa era justamente a última semana das minhas “férias” - e tudo pareceu fazer tanto sentido. Sem pensar muito, montei cinco terrários e vendi numa feira da escola que eu tinha trabalhado.
Três meses se passaram e aqui estou eu: colocando terrários no mundo e trilhando um caminho totalmente inesperado, mas repleto de propósito e significado. Eu realmente acredito muito nos terrários e vê-los por aí é uma imensa satisfação.
Às vezes dá um friozinho na barriga e me pergunto onde isso tudo vai parar. Mas tenho tentado seguir a tática usei no começo do ano: continuar fazendo aquilo que gosto, que me traz alegria e vitalidade. Sei que não é garantia de que tudo vai dar certo, mas com certeza é garantia de uma bela caminhada.