Quando pequena, queria ter as mãos do meu pai – finas, compridas e elegantes. Mas, no fundo, sabia o que o futuro me reservava: os dedos curtos e gordinhos da minha mãe…
Ainda adolescente, tentei lutar contra o destino. “Quem sabe se eu deixar as unhas crescerem? Ou se não fizer trabalhos manuais?”. Mas não teve jeito: os anos foram passando e os dedos engordando.
Houve um momento em que desencanei, e ultimamente tenho me surpreendido num estado de admiração. Esses dias, enquanto contemplava a absurda semelhança entre nossas mãos, dei risada e pensei: “espero que um dia as minhas saibam fazer coisas tão maravilhosas quanto as dela”.
As lindas pinturas, as deliciosas comidas e os melhores carinhos do mundo. 🙂
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