No dia mais frio do ano, eu e o Dudu acordamos antes das cinco da manhã. Sabíamos que ia ser difícil levantar tão cedo, mas o ar gelado nos fazia querer deixar a cama ainda menos. Trocamos de roupa embaixo do cobertor, tomamos uma xícara de café e vestimos algumas camadas de casacos. Saímos de casa e o sol nem ensaiava aparecer.
No centro da cidade, o silêncio era profundo – os festeiros já tinham ido embora e os passarinhos ainda dormiam. Quando chegamos ao local combinado, nossos amigos estavam lá, descarregando as peças do caminhão. O André – idealizador do evento que íamos ajudar a montar – tinha tudo perfeitamente planejado. Dadas as instruções, o processo foi tranquilo e descontraído: risadas e conversas entre parafusos e martelos.
A estrutura ficou pronta às oito da manhã, mas só ganhou vida às seis da tarde – quando, de lá de dentro, quatro instrumentistas faziam música às ordens do público. Uma chuva nos pegou de surpresa, mas não o suficiente pra arruinar o sucesso da intervenção. Com o fim do expediente, o fluxo de pessoas era cada vez maior – muitas paravam pra assistir e participar, algumas olhavam curiosas, e outras só queriam correr pra um lugar quente e seco.
Depois de mais de uma hora de som, eu e o Dudu fomos pra casa. Sem nem jantar, nos jogamos na cama exaustos – porém ansiosos pra fazer tudo outra vez. De preferência numa noite de verão.
Confira aqui o vídeo do evento. Vale a pena! 🙂
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