(eu e ela em 2010)
Ontem, com aperto no coração, deixei minha câmera no conserto. Sem dar aviso, o autofoco parou de funcionar. Simples assim.
O Dudu apontou o meu azar com coisas materiais. E ele tem razão.
— Minha primeira câmera fotográfica veio com defeito e voltou pra fábrica. Meu laptop novinho ficou meses com uma falha não identificável. Minha filmadora quebrou depois de pouquíssimo uso, e pra consertar custaria mais que uma nova. A bicicleta que acabei de comprar tinha problemas na marcha e está na oficina há dias. —
Na hora dei de ombros e respondi: “Ah, pelo ao menos tenho sorte com as não-materiais”. Mas a verdade é que fiquei chateada. Poxa vida, justo a minha câmera!
Enquanto espero o diagnóstico do técnico, pesquiso no Google o quão grave pode ser o problema e revejo as milhares de fotos que juntas tiramos. Em muitos daqueles momentos, ela era minha única companheira…
O Dudu me emprestou a dele pra eu ficar usando até a minha voltar. Mas não tem a mesma graça. A dele é diferente, não me obedece igual e, além de tudo, é de menino. Hoje tô inconsolável.
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