Nas últimas semanas, estive sob efeito de atividade mental intensa. Foram dias e noites cercada de livros e anotações tentando estudar pra provas e dar forma a um trabalho final. Incrível como escrever a introdução de um artigo pode ser muito mais exaustivo que correr no parque.
Quando não conseguia render mais, tirava um intervalo e tentava publicar no blog pra espairecer. Mas não saia nada. Minha cabeça estava totalmente ocupada por todas aquelas citações e referências bibliográficas. Imagens e palavras já não me inspiravam – achei até que tinha perdido a capacidade criar. Os dias foram se tornando mais previsíveis e eu, mais agoniada. Olhava pela pequena janela do escritório e o mundo lá fora nunca pareceu tão tentador…
Encontrei alívio na caixa de lã. A cada parágrafo escrito, recompensava com alguns minutos de crochê, tricô ou o que fosse. Trabalhar com as mãos se revelou uma válvula de escape poderosa e renovava minhas energias pra continuar.
Talvez esse não seja o ideal. Talvez o ideal seja fazer o que gosta sem ter que recorrer a válvulas de escape. Ou talvez seja preciso sofrer um pouco pra chegar nesse nível… Por agora, estou feliz que fiz as provas, entreguei os trabalhos e de saldo ainda produzi um monte de coisas legais. 🙂
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