Foi uma semana conturbada. Tanto que esquecemos da pousada reservada pro sábado. Cogitamos desmarcar, mas já era sexta à noite e não nos restou outra alternativa senão arrumar as malas.
Subimos a serra até Santa Rosa de Lima. Ano passado estive lá com o Dudu, que dessa vez ficou em casa estudando. Estar sozinha com minha família foi como voltar no tempo – não viajávamos juntos há mais de dois anos. A todo instante, vinham lembranças das aventuras que vivemos nós cinco, e me senti agradecida por serem tantas e tão boas.
Ficamos num chalé na beira do lago, com fogão a lenha e rede na varanda. Fazia frio, mas o tempo estava ensolarado e sem nuvens. A dona da pousava continuava tão simpática quanto da outra vez, e seu filho pacientemente nos levou para conhecer os arredores. Entre refeições, caminhadas e conversas, o dia passou num piscar de olhos.
Quando o sol se pôs, sentei na rede olhei pro céu. Na cidade, a noite parece chegar tão rápido, mas ali é como se a Terra girasse mais devagar. Observei o azul claro virar amarelo, depois laranja e roxo. Dentro do quarto, minha família tirava roupas da mala e se agilizava pra tomar banho. Logo chegou minha vez – mas quis esperar até que todas estrelas estivessem acesas.
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