top of page

Semana passada, uma amiga foi pra Inglaterra e levou um presente meu pra minha família. Pensei tanto neles enquanto fazia essa bonequinha, que senti como se carregasse um pedacinho de mim. Fiquei nervosa imaginando ela no avião – e imensamente feliz quando soube que havia chegado bem.

Só o fato de ela estar lá – num cantinho da sala, observando tudo –  me dá a reconfortante sensação de estar mais perto também. 🙂




Quando pequena, reclamava que toda noite minha mãe fazia sopa pro jantar. E agora que estou longe dela, adivinha o que faço toda noite pro jantar? Sopa, claro!

Essa de beterraba com inhame é uma das minhas preferidas. Não sou muito fã de beterraba nem de inhame, mas garanto que juntos fazem um bom par. 🙂


Sopa de Beterraba com Inhame

2 medidas de beterraba 3 medidas de inhame Cebola Salsinha/Alecrim/Manjericão – frescos sal a gosto azeite pra refogar Descasque o inhame e a beterraba e corte em pedaços médios.

Aqueça o azeite numa frigideira e refogue a cebola. Acrescente o inhame e a beterraba, mexa bem e cubra com água quente. Assim que ferver, abaixe o fogo.

Amarre com um barbante a salsinha, o alecrim e o manjericão (como na foto acima) e coloque na panela. Adicione sal a gosto e cozinhe até a beterraba e o inhame ficarem macios.

Bata no liquidificador até virar um creme e confira se está bem temperado.

Obs.: Como gosto de sopa mais consistente, costumo a bater primeiro os vegetais com um pouco da água do cozimento, e depois vou adicionando mais – se necessário.

Essa receita foi adaptada do livro “Comidinhas Vegetarianas”.









Uma vez me disseram que quando fazemos uma viagem longa, nosso espírito demora três dias pra chegar. No trajeto Inglaterra-Brasil, o meu demorou ainda mais. Durante uma semana, foi como se estivesse exausta da noite mal dormida no avião. Mas sabia que não era só isso. Sabia que o que estava sentindo era mais que falta de sono – era um vazio no coração.

Assim que cheguei, mudei com o Dudu pro apartamento de praia dos pais dele. Arrumamos a casa do nosso jeito e com as nossas coisas, exatamente como havíamos sonhado. O problema era que eu não me sentia ali. Ficar longe da minha família estava sendo mais difícil do que imaginei. Tentava não pensar no oceano entre nós, no tempo que demoraria pra vê-los outra vez e no quanto minha vida havia mudado. Ainda assim, a ideia de desfazer a mala me dava vontade de chorar.

Nos próximos dias, flutuei pelas horas e situações, respondendo apenas a demandas imediatas: o que comer, que horas acordar, o que vestir. Qualquer reflexão mais profunda me tirava o ar. Às vezes, quando estava especialmente distante, pedia desculpas ao Dudu – logo voltaria a ser eu mesma. Ele me olhava com carinho e dizia: “Eu sei, amor. Fica tranquila”.

Até que numa noite, enquanto rolava na cama acordada, o Dudu me puxou pra perto e eu me deixei levar. Aninhada em seus braços, me entreguei a um sono profundo. No dia seguinte, tirei as roupas da mala e arrumei-as no armário. Agora aquela era a minha casa. E eu estava preparada pra isso.

bottom of page