Já tinha perdido as esperanças – desde o final de novembro ouvimos alarmes falsos de neve.
Eis que, na sexta-feira, acordei às 7h00 e resolvi, por via das dúvidas, conferir se a previsão do tempo tinha acertado. E tinha! Sem tirar os olhos da janela, gritei: “Du, acorda! Tá tudo branco!”. Em segundos, a Alice e a Nina se juntaram a nós. Ficamos ali, colados no vidro, sem acreditar no que víamos. Ligamos pros meus pais na Itália: “Mãe, pai, acordamos no polo norte!”.
Logo descobrimos que escolas e universidades estavam fechadas e os ônibus não iam circular. De folga forçada, saímos pra explorar o mundo branco. E ele era muito mais maravilhoso do que imaginava!
Jogamos bolas de neve uns nos outros até as mãos congelarem. Deixamos floquinhos de gelo derreterem na língua. Brincamos de fazer desenhos com pegadas. E, a cada minuto, soltávamos uma exclamação do tipo: “Podia nevar pra sempre!!”.
Hibernamos em casa o resto do dia – sempre dando uma olhadinha pela janela, só pra ter certeza que era verdade.
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