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Na noite anterior, resolvi pesquisar se havia alguma escola Waldorf na região. Não só havia, como era muito perto da casa em que estávamos ficando. Pedi pro Dudu pra gente passar na frente, só pra dar uma olhadinha. Chegando lá, ele insistiu que descêssemos do carro um pouquinho.


Enquanto dávamos uma voltinha pelo jardim, apareceu uma professora sorridente. Contei pra ela que eu era professora Waldorf no Brasil e ela fez questão que de nos levar pra conhecer a escola. Já de cara, me senti em casa! Apesar de o prédio ser muito diferente dos nossos, pude sentir o aconchego, a vivacidade e a verdade que sempre sinto quando estou numa escola Waldorf.


Foi uma das melhores surpresas da viagem!


Seguimos para o centro de Encinitas e nos apaixonamos pela cidade. Na hora do almoço, paramos em um desses complexos de restaurantes e observei que muitos americanos entravam e saiam de um bem simples. Entramos também e fomos agraciados com a melhor comida mexicana que já comemos. E ainda ganhamos uma sopa de abacate deliciosa quando falamos pro dono que éramos brasileiros.


A próxima parada foi um centro de meditação fundado por Paramahansa Yogananda na década de 30. Lá tem um jardim na beira de um penhasco com vista para o mar - tão bonito de tirar o fôlego e faltar palavras. As plantas são exuberantes e dá pra ver que tem trabalho em cada detalhe. É a combinação perfeita da beleza da natureza com o cuidado humano.


Seguimos o passeio de carro parando em praias, pontos arquitetônicos, mais praias... Descemos em um centrinho e logo sentimos um cheiro horrível! Uma mistura de esgoto com alga marinha. Era tão desagradável que mal conseguimos passear pelas ruas. Corremos pra próxima parada e qual nossa surpresa ao constatar que lá o cheiro era ainda pior?! Haha


Mas ali entendemos de onde vinha o cheiro: de uma minúscula praia onde descansavam dezenas de leões-marinhos. Ficamos incrédulos! Eles era realmente muito fedidos, mas também fascinantes! Estavam tão acostumados com os turistas que conseguimos chegar bem pertinho - tão pertinho que vi até um filhote mamando em sua mamãe.


Estava começando a escurecer e corremos para pegar o pôr do sol em um dos lugares mais icônicos para tal finalidade: o Sunset Cliffs. Foi tão lindo! Sentamos em um banquinho e assistimos ao céu mudar de cor inúmeras vezes até se apagar. E dentro do meu coração se acendeu algo que fazia tempo que não sentia: um profundo contentamento...



 



A primeira parada do dia foi no primeiro lugar que o Dudu colocou na lista quando decidimos viajar pra California: uma fábrica de pranchas de surf. Há algum tempo, o Dudu vem desenhando suas próprias pranchas e essa fábrica é uma grande inspiração pra ele. Imaginávamos que iríamos só olhar a lojinha, mas um vendedor muito simpático ficou quase uma hora mostrando cada detalhe de cada prancha.


Saindo de lá o Dudu parou no meio da rua e me disse: “nossa, eu tô muito feliz”. Não é sempre que o Dudu expressa suas emoções - muito menos com tanta intensidade - então eu sabia exatamente o valor dessa afirmação. E fiquei muito feliz por ele estar tão feliz.


Estacionamos o carro e decidimos conhecer a cidade a pé. Em San Clemente passa um trem na beira da praia e do lado do trilho tem um caminho onde passam pessoas, corredores, ciclistas, cachorros, carrinhos de bebê… Caminhamos por esse caminho, paramos pra almoçar fish tacos, entramos em ruas aleatórias, vimos casas, casinhas e mansões.


Na volta, paramos em um parque nacional pra tentar ver o sol se por (tentar, porque estava bem nublado nesse dia). Tinha que pagar pra entrar, e era até que bem caro, mas um solicito guardinha nos deixou estacionar o carro do lado de fora e ir caminhando até o local onde dava pra avistar o mar.


Realmente, as nuvens não nos permitiram ver o pôr do sol - mas vimos dezenas de surfistas deslizando em ondas compridas e serenas. Era uma visão tão hipnotizante que sentamos nas pedras para admirar. O sol foi embora, mas nós não queríamos ir também. Pegamos roupas de frio e ficamos lá, contentes e em silêncio, até quase escurecer...

 



Esse dia marcou a metade da viagem e foi um dia mágico! O clima estava fresco e ensolarado - e nós estávamos leves, felizes e muito animados. 


Foi nesse dia que nos despedimos da casa da senhora brasileira em que estávamos e descemos pelo litoral rumo à próxima casa em que ficaríamos até o fim da viagem.


Ao longo do caminho, aproveitamos para parar em cada cantinho - e, a cada cantinho que parávamos, nos encantávamos ainda mais: as palmeiras despontando no céu azul, as prainhas escondidas de areia macia e água gelada, os parques com passarelas na beira de penhascos com vista pra imensidão do mar. 


Foi num desses parques que assistimos ao sol se por no oceano Pacífico.


Ah, nesse dia paramos em uma sorveteria e pedimos o maior tamanho de sorvete. Pra nossa surpresa, o maior tamanho era simplesmente gigantesco! Do tamanho da minha cabeça. Tivemos um ataque de riso quando o sorveteiro nos entregou e viramos atração passeando pela cidade com aquela enormidade.

 
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