- 22 de mai.
Na noite anterior, resolvi pesquisar se havia alguma escola Waldorf na região. Não só havia, como era muito perto da casa em que estávamos ficando. Pedi pro Dudu pra gente passar na frente, só pra dar uma olhadinha. Chegando lá, ele insistiu que descêssemos do carro um pouquinho.
Enquanto dávamos uma voltinha pelo jardim, apareceu uma professora sorridente. Contei pra ela que eu era professora Waldorf no Brasil e ela fez questão que de nos levar pra conhecer a escola. Já de cara, me senti em casa! Apesar de o prédio ser muito diferente dos nossos, pude sentir o aconchego, a vivacidade e a verdade que sempre sinto quando estou numa escola Waldorf.
Foi uma das melhores surpresas da viagem!
Seguimos para o centro de Encinitas e nos apaixonamos pela cidade. Na hora do almoço, paramos em um desses complexos de restaurantes e observei que muitos americanos entravam e saiam de um bem simples. Entramos também e fomos agraciados com a melhor comida mexicana que já comemos. E ainda ganhamos uma sopa de abacate deliciosa quando falamos pro dono que éramos brasileiros.
A próxima parada foi um centro de meditação fundado por Paramahansa Yogananda na década de 30. Lá tem um jardim na beira de um penhasco com vista para o mar - tão bonito de tirar o fôlego e faltar palavras. As plantas são exuberantes e dá pra ver que tem trabalho em cada detalhe. É a combinação perfeita da beleza da natureza com o cuidado humano.
Seguimos o passeio de carro parando em praias, pontos arquitetônicos, mais praias... Descemos em um centrinho e logo sentimos um cheiro horrível! Uma mistura de esgoto com alga marinha. Era tão desagradável que mal conseguimos passear pelas ruas. Corremos pra próxima parada e qual nossa surpresa ao constatar que lá o cheiro era ainda pior?! Haha
Mas ali entendemos de onde vinha o cheiro: de uma minúscula praia onde descansavam dezenas de leões-marinhos. Ficamos incrédulos! Eles era realmente muito fedidos, mas também fascinantes! Estavam tão acostumados com os turistas que conseguimos chegar bem pertinho - tão pertinho que vi até um filhote mamando em sua mamãe.
Estava começando a escurecer e corremos para pegar o pôr do sol em um dos lugares mais icônicos para tal finalidade: o Sunset Cliffs. Foi tão lindo! Sentamos em um banquinho e assistimos ao céu mudar de cor inúmeras vezes até se apagar. E dentro do meu coração se acendeu algo que fazia tempo que não sentia: um profundo contentamento...