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Na semana passada, eu e a Alice dormimos na Inglaterra e acordamos na Escócia – um tanto doloridas após dez horas no ônibus.

Nunca imaginei que dois países vizinhos que dividem a mesma ilha, a mesma língua e a mesma rainha pudessem ser tão diferentes. Aliás, muitas vezes duvidei que a língua fosse realmente a mesma – já que o inglês falado pelos escoceses soava completamente estranho aos meus ouvidos.

A Escócia parece ter parado na Idade Média. Os cemitérios, castelos e becos dão um ar sombrio e até mesmo de mal assombrado – não foram poucas as vezes que falei pra Alice: “Credo. Eu não entro aí não!”. Outra surpresa foi o clima. Sabíamos que lá era mais frio, mas não imaginávamos ter que vestir todos os casacos da mala e sair pra comprar luvas. Se na Inglaterra a primavera demorou pra chegar, na Escócia parece que ela nem vem.

Mas foram exatamente essas diferenças que fizeram a viagem tão marcante e especial.  🙂

(As fotos são dos primeiros dois dias em Edimburgo)









Há trinta anos atrás, minha mãe morou em Cambridge. E eu cresci ouvindo histórias de como ela passeava de bicicleta pela cidade, deitava no gramado pra cantar músicas, dividia uma casa com vinte meninas e cuidava de velhinhos queridos num asilo.

Estar lá foi como assistir ao filme de um livro que li muitas vezes. Algumas partes um pouco decepcionantes, do tipo: “Nossa, achei que o gramado era numa floresta.” Mas, a maioria do tempo, fiquei maravilhada por enfim tornar real o que imaginei durante anos. E a companhia da minha mãe fez a experiência ainda mais especial.

A sorte é que as coisas não mudam muito na Inglaterra – e Cambridge parece ter parado no tempo. A escola de inglês que ela estudou continua lá, exatamente na mesma casa. O jardim botânico não foi destruído pra dar lugar a prédios. Na rua principal não entram carros, só bicicletas. E pelos canais ainda deslizam barquinhos silenciosamente.

A Cambridge da minha mãe sempre teve um espaço na minha memória, e agora ocupou meu coração. ❤




Sábado fomos em uma praia aqui perto onde construíram um piscinão de cimento. A praia era meio estranha, bem lamacenta e cheia de algas. E o piscinão não era exatamente convidativo – ainda mais depois que descobrimos que lá dentro moram vários caranguejos.

Entre nadar com caranguejos ou com algas, eu escolheria as algas. 😉

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