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  • 14 de ago. de 2013

No dia mais frio do ano, eu e o Dudu acordamos antes das cinco da manhã. Sabíamos que ia ser difícil levantar tão cedo, mas o ar gelado nos fazia querer deixar a cama ainda menos. Trocamos de roupa embaixo do cobertor, tomamos uma xícara de café e vestimos algumas camadas de casacos. Saímos de casa e o sol nem ensaiava aparecer.

No centro da cidade, o silêncio era profundo – os festeiros já tinham ido embora e os passarinhos ainda dormiam. Quando chegamos ao local combinado, nossos amigos estavam lá, descarregando as peças do caminhão. O André – idealizador do evento que íamos ajudar a montar – tinha tudo perfeitamente planejado. Dadas as instruções, o processo foi tranquilo e descontraído: risadas e conversas entre parafusos e martelos.

A estrutura ficou pronta às oito da manhã, mas só ganhou vida às seis da tarde – quando, de lá de dentro, quatro instrumentistas faziam música às ordens do público. Uma chuva nos pegou de surpresa, mas não o suficiente pra arruinar o sucesso da intervenção. Com o fim do expediente, o fluxo de pessoas era cada vez maior – muitas paravam pra assistir e participar, algumas olhavam curiosas, e outras só queriam correr pra um lugar quente e seco.

Depois de mais de uma hora de som, eu e o Dudu fomos pra casa. Sem nem jantar, nos jogamos na cama exaustos – porém ansiosos pra fazer tudo outra vez. De preferência numa noite de verão.

Confira aqui o vídeo do evento. Vale a pena! 🙂
















 
  • 9 de ago. de 2013

As últimas três semanas foram, provavelmente, as mais desocupadas da minha vida – nem aos 15 anos tive tão poucos compromissos. Enquanto espero ser chamada pra um emprego, o Dudu passa incontáveis horas fazendo seu TCC. Tem vezes que o mais longe que vamos é até a praia no fim da rua. Ainda assim, me mantenho em constante movimento e acordo todos os dias cheia de planos e energia.

Tirando o choque inicial, me adaptei à vida no Brasil com naturalidade. Estar com o Dudu tornou tudo mais leve e divertido. Tive medo que o tempo que passei na Inglaterra nos distanciasse, mas foi justamente o contrário – nesses oito anos juntos, nunca estive tão apaixonada. A gente se ajuda, se respeita, se entende e somos companheiros acima de tudo.

Tenho passado horas cozinhando e isso me dá imenso prazer. Fico ansiosa pra testar novas receitas, e comprar comida virou uma diversão. Aos poucos descubro diferentes gostos e combinações e aprendo a ser menos atrapalhada na cozinha. Faz tempo que não me corto, nem me queimo ou derrubo o saco de arroz no chão – apesar que ontem coloquei fogo num pano de prato…

Quase todos os dias, tenho longas conversas pelo Skype com a minha família. Eles contam as novidades, perguntam de mim, fazem gracinhas e mandam beijos. Por alguns minutos, até esqueço que estamos tão longe. Quando o coração dói de saudades, digo pra mim mesma que o amor não tem distâncias e que não demora pra gente se reencontrar.

Esse último ano me fez mais feliz que podia imaginar. Os laços que criei com os meus pais, minhas irmãs e o Dudu me mostraram o que realmente importa. Pela primeira vez em muito tempo, já não anseio o futuro – estou completa no presente. 🙂






 
  • 25 de jul. de 2013

Há uns anos atrás, tive um caso de amor com abóboras. Na verdade, era mais paixão que amor. Comia quase todos os dias e de todos os jeitos. Sentia como se tivesse encontrado o vegetal da minha vida – até que enjoei. 

Nunca tinha provado a versão quibe. Fiz pela primeira vez há umas duas semanas e, desde então, repeti três vezes! Acho que reacendeu a chama da paixão. 🙂



Quibe assado de abóbora

1 xícara de purê de abóbora

1/2 xícara de triguilho 

1 cebola picada

2 colheres de sopa de salsinha picada

2 colheres de sopa de hortelã picada

2 colheres de sopa de azeite

2 colheres de sopa de gergelim (gosto de esquentar na frigideira até torrar um pouquinho)

pimenta do reino

canela

sal


Recheio

1/2 xícara de coalhada seca (ou iogurte natural integral)

1 colher de sopa de tahine

2 colheres de sopa de cebolnha picada

sal

Ferva água e despeje sobre o triguilho. Deixe de molho por uns 10 minutos. Outra opção é deixar de molho durante a noite, mas ainda não tentei desse jeito.

Cozinhe a abóbora até ficar macia e amasse formando um purê (não cozinhe demais senão fica aguado). Já fiz esse quibe com a abóbora japonesa, de pescoço e paulista. Minha preferida foi a japonesa.

Com uma peneira, ou com as mãos, retire o excesso de água do triguilho e misture com o purê e todos os outros ingredientes do quibe. Prove e veja se está bem temperado.

Numa outra vasilha, misture todos os ingredientes do recheio.

Unte uma assadeira com azeite e coloque metade do preparo do quibe, depois todo o recheio e por último a outra metade do quibe.

Regue com azeite e asse em forno médio até a superfície ficar firme.

 
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