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  • 16 de set. de 2015

(nesse domingo minha vó fez 81 anos. Eu, Dudu e minha mãe fomos ao Rio de Janeiro visitá-la)

Minha vó não pinta mais o cabelo. Há um ano, está todo branco e preso num rabo bem penteado. Sua pele fina e macia é cada dia mais clara – o que me faz perceber que seus olhos são na verdade verdes, como os de sua mãe. Dessa vez, também reparei numa manchinha em seus lábios, antes sempre encobertos de batom.

Quanto menos ela sai pra rua, maior fica o apartamento. Cômodos vazios e fechados remetem à época em que seus cinco filhos moravam ali. Hoje os corredores são longos demais e os móveis já sem utilidade. O único quarto com vida é o que ela enche de risadas e fotos nas paredes – pra lembrar do passado que não esquece.

Histórias transbordam de sua memória e ela as coloca pra fora quase que por necessidade. São relatos de sua infância em Portugal, de sua chegada ao Brasil e de seus antepassados. Conta como se tivessem acontecido ontem, com detalhes por vezes precisos demais pra se acreditar. Diálogos, cores de roupas e nomes de ruas confundem até o mais atento dos ouvintes – mas não ela, que costura uma cena à outra com enredos dignos de cinema.

Enquanto fala, me segura com uma mão e leva a outra ao coração. Revive cada momento, com lágrimas nos olhos e gargalhadas. Quando era mais nova, achava que minha vó simplesmente gostava de contar histórias. Hoje percebo que é uma maneira de se manter viva e eternizar os que já se foram. Aquelas lembranças são parte dela – assim como são parte de mim.

 
  • 8 de set. de 2015

Eu tinha grandes planos pro feriado. Todos incluíam estar ao ar livre e muita disposição. Mas, ainda na sexta-feira, uma frente fria escureceu o céu – ao mesmo tempo que uma dor de dente me fez correr pra farmácia. Em menos de meia hora, meu destino estava traçado: guarda-chuva e antibióticos.

No sábado, tomamos café da manhã e voltamos pra cama sem culpa. Chovia tão forte que só se ouvia o barulho das gotas na janela. Era como se toda cidade estivesse fazendo o mesmo que a gente: absolutamente nada. Algumas horas depois, nos arrumamos e fomos almoçar na casa dos meus pais. No domingo, foi a vez de almoçar na casa dos pais do Dudu. Já na segunda, juntamos todas as sobras e almoçamos na nossa casa.

Saímos três vezes: pra tomar café, comprar um presente e reencontrar amigos queridos. De resto, nos enroscamos no sofá e comemos muito chocolate. Se achei que meus planos estavam arruinados, dor de dente e chuva se revelaram a combinação perfeita pro feriado. Bem que aqueles três dias podiam ter durado a semana inteira. 🙂

 
  • 4 de set. de 2015

Com as manhãs mais corridas – e eu mais preguiçosa – meu querido mingau de aveia saiu da rotina. Apesar de ser meu café da manhã preferido, aquela receita tomava muito tempo e sujava muita louça. Relutei, mas não teve jeito: voltei pro pão.

Até que veio o inverno e bateu uma saudade de comer algo quentinho de manhã. Depois de muitos testes, alguns desastrosos, enfim encontrei a solução. Consegui fazer um mingau que fosse delicioso e muito simples. Ouso dizer que essa receita é ainda melhor que a anterior. O cacau forma uma casquinha em cima e deixa o interior suculento. Hummmm! Meus minutos extra de sono agradecem!

Mingau de aveia com cacau (serve uma pessoa)

– 1/3 xícara de aveia em flocos médios – 1/2 xícara de água – 1 banana amassada (pequena ou média) – 1 colher de sopa de cacau em pó – 1 colher de sobremesa de melado – 5 gotas de baunilha – 1 colher de sobremesa de óleo de coco (opcional)

– na noite anterior, misture a aveia e a água e guarde na geladeira – de manhã, misture a aveia e a água com o restante dos ingredientes – leve a fogo baixo, mexendo sem parar por cerca de dois minutos. Quando o mingau começar a endurecer, como um brigadeiro, é hora de desligar!

 
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