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04/10/2024 - Assim que chegamos nos Estados Unidos, não me senti em outro país. Tudo parecia tão familiar… O aeroporto, as ruas, as construções. Demorei até perceber que, na verdade, estava me sentindo em São Paulo! Era isso! À primeira vista, Los Angeles me pareceu muito com São Paulo, talvez mais plana e com mais palmeirais, mas, ainda assim, muito parecida.


Pegamos o carro na locadora e partimos rumo ao interior. Aos poucos a paisagem foi mudando: o concreto deu lugar às montanhas de vegetação seca, intercaladas com enormes centros comerciais e restaurantes de fast-food. Paramos em um desses centros e entramos em uma Target (uma daquelas lojas gigantes em que encontramos tudo aquilo que precisamos e muito mais daquilo que não precisamos).


As casas aqui são pintadas de tons claros e terrosos, harmonizando com as cores da natureza ao redor. Vou confessar que de início estava achando tudo meio monótono e sem graça. Até me questionei se tinha perdido a capacidade de me encantar e ser surpreendida pela vida - mas logo ia descobrir que não, que apenas estava olhando no lugar errado.

 
  • 29 de mar.



03/10/2024 - Há uns dois meses, o Dudu foi convidado pra uma viagem de trabalho à Califórnia. De vez em quando ele viaja a trabalho - e pela primeira vez eu disse: “seria tão legal se desse pra eu ir junto, né?”. E ele respondeu: “e será que não dá?”


Por sorte, eu teria férias na semana anterior ao trabalho dele, encontramos uma promoção de passagem e conseguimos hospedagem na casa de amigos. Em poucas semanas, estava decidido: eu iria pra Califórnia também!


O ritmo da vida vinha tão puxado que mal percebemos o tão esperado dia se aproximar. Há semanas vínhamos planejando cada detalhe do roteiro, assistindo dezenas de vídeos de viagem no YouTube e sonhando com os momentos que viveríamos juntos por lá.


Quando nos demos conta, já estávamos no avião vendo o sol se pôr pela janela - assim que deixamos Florianópolis rumo a São Paulo - e vendo ele nascer, 16 horas depois, quando estávamos aterrissando em Los Angeles.


Viajar pra Califórnia não estava nos nossos planos. Estivemos lá há 15 anos - e, apesar de termos adorado, não era um lugar que pretendíamos voltar. Mas eu sentia que algo nos chamava. Lembro de pensar: não seria mais sensato gastar esse dinheiro em outra viagem? Mas não adiantava: por mais que a cabeça tivesse dúvidas, meu coração queria muito ir… E só depois eu iria entender que ele estava certo! ♥️

 
  • 5 de mar.

Já faz tempo que o Instagram deixou de ser o meu espaço. No começo eu gostava de compartilhar minha vida por lá. Depois, já não gostava tanto, mas continuava por não ter outra alternativa - já que era por lá que todo mundo compartilhava suas vidas. E hoje, pra ser sincera, não vejo mais sentido em quase nada por lá.


Sim, lá me conecto com meus amigos, encontro informações interessantes sobre assuntos interessantes, encontro inspirações bonitas sobre coisas bonitas e me informo sobre um recorte bem recortadinho do mundo. Mas de modo geral, sempre fecho o aplicativo me sentindo pior do que quando abri.


Recentemente, vinha percebendo uma constante sensação de que não sou o suficiente, não faço o suficiente, não viajo o suficientes, não tenho o suficiente. Uma sensação que magicamente desaparecia toda vez que ficava um tempo sem abrir o aplicativo. Eu tentei cuidar do que consumo por lá, mas não adianta porque o algoritmo insiste em me mostrar conteúdos que me colocam cada vez mais pra baixo... Horrível, né?


Olhando em retrospecto, talvez o Instagram nunca tenha me feito bem. Tem algo sobre a brevidade e a superficialidade de lá que agravam minha ansiedade. Talvez isso diga mais sobre mim que sobre o aplicativo em si, mas o fato é que tenho me perguntado muito se vale a pena, para mim, estar por lá.


Na maior parte das vezes a resposta pra essa pergunta é: não, não vale a pena. Mas o que me intrigava era que, apesar dessa constatação, tinha algo que me fazia continuar por lá. Faz pouco tempo que percebi que esse algo é a esperança de um dia eu aprender a compartilhar no Instagram de uma maneira que me faça bem. Porque a verdade é que eu amo compartilhar!


Eu amo ter um espaço em que possa escrever meus textos, selecionar as minhas fotos e criar um álbum de memórias daqueles momentos que julgo serem os mais especiais na minha vida - e eu amo, amo, amo ter um espaço em que possa retornar quando quero e relembrar desses momentos especiais. O blog é isso pra mim.


Então, hoje, decidi que não quero mais ficar na esperando eu aprender a usar o Instagram de uma maneira mais positiva, nem quero ficar esperando criarem outra rede social que atenda minhas necessidades. Hoje decidi que vou voltar pro blog! Talvez ninguém mais entre em blogs (eu não leio...), mas é por aqui que estarei até encontrar um outro lugar nesse mundo virtual que eu realmente queira estar.


Não sei quanto tempo isso vai durar, mas que seja bom enquanto dure!


Obrigada por ainda estar aqui, querido blog. Senti muito a sua falta.

 
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