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  • 24 de mai. de 2013




Nas últimas semanas, estive sob efeito de atividade mental intensa. Foram dias e noites cercada de livros e anotações tentando estudar pra provas e dar forma a um trabalho final. Incrível como escrever a introdução de um artigo pode ser muito mais exaustivo que correr no parque.

Quando não conseguia render mais, tirava um intervalo e tentava publicar no blog pra espairecer. Mas não saia nada. Minha cabeça estava totalmente ocupada por todas aquelas citações e referências bibliográficas. Imagens e palavras já não me inspiravam – achei até que tinha perdido a capacidade criar. Os dias foram se tornando mais previsíveis e eu, mais agoniada. Olhava pela pequena janela do escritório e o mundo lá fora nunca pareceu tão tentador…

Encontrei alívio na caixa de lã. A cada parágrafo escrito, recompensava com alguns minutos de crochê, tricô ou o que fosse. Trabalhar com as mãos se revelou uma válvula de escape poderosa e renovava minhas energias pra continuar.

Talvez esse não seja o ideal. Talvez o ideal seja fazer o que gosta sem ter que recorrer a válvulas de escape. Ou talvez seja preciso sofrer um pouco pra chegar nesse nível… Por agora, estou feliz que fiz as provas, entreguei os trabalhos e de saldo ainda produzi um monte de coisas legais. 🙂

 
  • 13 de mai. de 2013












Na semana passada, eu e a Alice dormimos na Inglaterra e acordamos na Escócia – um tanto doloridas após dez horas no ônibus.

Nunca imaginei que dois países vizinhos que dividem a mesma ilha, a mesma língua e a mesma rainha pudessem ser tão diferentes. Aliás, muitas vezes duvidei que a língua fosse realmente a mesma – já que o inglês falado pelos escoceses soava completamente estranho aos meus ouvidos.

A Escócia parece ter parado na Idade Média. Os cemitérios, castelos e becos dão um ar sombrio e até mesmo de mal assombrado – não foram poucas as vezes que falei pra Alice: “Credo. Eu não entro aí não!”. Outra surpresa foi o clima. Sabíamos que lá era mais frio, mas não imaginávamos ter que vestir todos os casacos da mala e sair pra comprar luvas. Se na Inglaterra a primavera demorou pra chegar, na Escócia parece que ela nem vem.

Mas foram exatamente essas diferenças que fizeram a viagem tão marcante e especial.  🙂

(As fotos são dos primeiros dois dias em Edimburgo)

 
  • 23 de abr. de 2013








Há trinta anos atrás, minha mãe morou em Cambridge. E eu cresci ouvindo histórias de como ela passeava de bicicleta pela cidade, deitava no gramado pra cantar músicas, dividia uma casa com vinte meninas e cuidava de velhinhos queridos num asilo.

Estar lá foi como assistir ao filme de um livro que li muitas vezes. Algumas partes um pouco decepcionantes, do tipo: “Nossa, achei que o gramado era numa floresta.” Mas, a maioria do tempo, fiquei maravilhada por enfim tornar real o que imaginei durante anos. E a companhia da minha mãe fez a experiência ainda mais especial.

A sorte é que as coisas não mudam muito na Inglaterra – e Cambridge parece ter parado no tempo. A escola de inglês que ela estudou continua lá, exatamente na mesma casa. O jardim botânico não foi destruído pra dar lugar a prédios. Na rua principal não entram carros, só bicicletas. E pelos canais ainda deslizam barquinhos silenciosamente.

A Cambridge da minha mãe sempre teve um espaço na minha memória, e agora ocupou meu coração. ❤

 
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