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  • 9 de mar. de 2023


Fiz um terrário de verão e estou apaixonada por ele! Hehe ☀️


Tem uma prática comum nas escolas Waldorf que é montar uma mesa de época. Basicamente, consiste em recriar, em cima de uma mesa, uma cena da época do ano que estamos vivendo (por exemplo: primavera, Natal, verão, Páscoa…).


Existe todo um sentido pedagógico por trás dessa prática nas escolas. Mas, para mim, mesas de época são uma ferramenta maravilhosa não só pra crianças. Pessoalmente, mesas de época me ajudam a estar presente no momento, ao mesmo tempo em que aceito a impermanência da vida.


Ao montar uma mesa de época de verão, me conecto com essa época do ano, sabendo que daqui a pouco ela vai acabar - e eu desmontarei a cena que criei para dar espaço à nova época que vai chegar. Dessa forma, uma mesa de época me traz mais conexão com a natureza e seus ciclos (e é ótima para acalmar minha ansiedade ☺️).


Afinal, a Terra leva um ano para dar a volta no sol, e apesar de ser difícil me despedir do verão, sei que daqui um ano ele voltará - e eu estarei novamente montando uma mesa de época de verão.


Muitas vezes ensaiei montar uma mesa de época na minha casa. Mas, por falta de espaço, sempre desistia.


Até que tive a ideia de fazer um “terrário de época”! É super compacto!


Agora tô botando fé que vai dar certo!


Uma das partes mais gostosas dessa prática é refletir sobre o que a época do ano representa e buscar os elementos pra montar a cena.


A minha cena de verão não poderia ser outra senão a praia! E foi lá que busquei a areia, as conchinhas e a vegetação da restinga. Já as suculentas vieram da floricultura e o bonequinho eu que fiz. ♥️



 
  • 17 de fev. de 2023

Eu já sonhei em ser astronauta, ter seis filhos e viajar o mundo. Sonhos de infância - que, com certeza, dizem muito de mim -, mas que logo viraram borboletas e saíram voando por aí.


Mas tem um sonho que ganhei já adulta, que brotou em meu coração e fincou raízes profundas: o sonho de morar pertinho do mar.


Por muito tempo, cultivei esse sonho com carinho e devoção - até que, há três anos, ele virou realidade.


Desde então, sempre que vou caminhando da minha casa até a praia, meu corpo vibra de alegria e minha alma repousa em paz.


Enquanto toco os pés na areia, ouço o barulho das ondas e vejo o horizonte mudar de cor, penso comigo mesma: como eu sabia que me faria tão bem morar pertinho do mar?


Acho que, na verdade, eu não sabia. Acho que, talvez, sonhos sabem mais sobre nós, que nós mesmos. E que, a nós, nos cabe ouvi-los, acolhe-los e, quem sabe um dia, realizá-los.


De qualquer forma, só agradeço por ter sonhado esse sonho tão singelo e grandioso - esse sonho que hoje tenho o imenso prazer e privilégio de realizar. ✨✨✨




 
  • 17 de fev. de 2023


Era dezembro de 2021 e resolvi presentear meus 12 alunos com ovelhinhas de feltro. Num domingo, fiz o molde, risquei e cortei o tecido. Nos próximos dias, depois de trabalhar horas na escola, na correria de fim de ano, fiquei até tarde costurando - com os olhos ardendo de sono e as mãos vacilando de cansaço.


Mas persisti: a cada noite costurava mais um pouquinho (e de pouquinho em pouquinho, ainda faltava muito pra terminar…). Até que furei o dedo com a agulha pela centésima vez e entendi o recado: "não aguento mais!".


Num impulso, guardei tudo e escondi as ovelhinhas inacabadas numa cesta embaixo da estante - onde não precisaria encarar meu fracasso. Mas, vira e mexe, lembrava de quando me disseram que não faz bem ter projetos inacabados - e as ovelhinhas me assombravam…

Um ano depois, arrumando a tal estante, me deparei com a cesta e decidi colocar um ponto final no mau agouro. Mas não, não decidi terminar as ovelhinhas, mas sim fazer as pazes com a sua incompletude.


Percebi que, talvez, o mal que um projeto inacabado faça seja diretamente proporcional ao quão mal nos sentimos em relação a ele. Nem sempre, não terminar um projeto significa que me falte determinação ou força de vontade. Talvez só signifique que estou fazendo os projetos errados - ou em momentos errados.


E se não terminei algo porque coloquei minha saúde e sanidade em primeiro lugar, que bom pra mim! E não só pra mim: tenho certeza que meus alunos preferiram uma professora feliz, presente e descansada que uma ovelhinha de feltro…


O fato é que semana passada fui convidada pra um aniversário de 1 aninho - e, enquanto pensava no presente, lembrei das ovelhinhas! Peguei uma na cesta e finalizei com alegria e leveza. E estou em paz com as outras 11 ovelhinhas inacabadas. Talvez um dia chegue a hora delas também. Ou não, né? E tudo bem! ♥️


Ps. Em vez de presentear as crianças com as ovelhinhas, resolvi que faríamos biscoitos de Natal para levarem pra casa. Nem preciso dizer que elas amaram! E ainda participaram de todo processo - inclusive comendo muita massa crua… 😬 (fiz a massa sem ovo justamente porque sabia que eles iam comer 😂).







 
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