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Por trás do semblante tranquilo, o Dudu é um ser hiperativo – que ama acordar cedo, gastar energia e estar ao ar livre. Por isso que, após o feriado estudando pro mestrado, ele decidiu que domingo iríamos andar de bicicleta. Precavido, logo avisou que seria um passeio daqueles de cansar bastante.

Às 8h00, fazia muito calor e tentei convencê-lo a trocar a pedalada por um mergulho na praia. Nada feito: lá fomos nós encher os pneus. Seguimos pela ciclovia da Avenida Beira Mar, cruzamos a ponte e avançamos até o Bom Abrigo. Foram 26km de subidas, descidas e paisagens maravilhosas.

Confesso que reclamei mais que me orgulho. O sol queimava as costas e as coxas queimavam de cansaço. Na metade do caminho, meu humor se transformou: passei a pular e cantar em cima de bicicleta e pedalar com força. Meu maior combustível foi o sorriso do Dudu. Por ele sou até atleta – ou o mais perto disso que consigo chegar.

Aqui tem outros passeios que fizemos de bicicleta. ❤

No domingo passado, a Alice voltou de São Paulo com uma gripe violenta: febre que não baixava, garganta trancada, dor no corpo todo e vômitos pela madrugada. Talvez fosse uma virose qualquer, mas as notícias alarmantes sobre o H1N1 nos deixaram apreensivos.

A Nina veio ficar comigo e com o Dudu, e meus pais montaram uma enfermaria em casa. A cada hora, eu ligava para saber novidades – que alternavam entre boas e ruins. Me sentindo impotente, acendi uma vela e pedi aos meus anjos que cuidassem da minha irmã: eu estaria bem sem proteção, só queria que ela ficasse boa logo.

Na sexta-feira, a Alice saiu da cama pela primeira vez. Era aniversário do meu pai – que nasceu no mesmo dia de sua mãe. Logo cedo, o Facebook sugeriu dar parabéns à minha vó. Faz quatro anos que ela se foi, mas seu perfil continua ativo. Chorei desoladamente ao ver sua foto. Pedi desculpas por não pensar tanto nela e expliquei que ainda dói demais.

No sábado, alugamos um caiaque e eu remei com toda força, aliviando as tensões acumuladas da semana. No domingo, passeamos com a Matilda e mergulhei os pés na lagoa, deixando levar o que ainda restava. No fim de tarde, tomei um longo banho, assistindo pela janela ao sol se pôr atrás do morro.

A Terra expirava ao fim de mais um dia. Enchi o pulmão e fiz o mesmo – soltando o ar lentamente. Tudo estava bem.

Abril decidiu ser verão – e eu acatei com entusiasmo.

No sábado na praia, chamei o Dudu para pegar jacaré. “Só mais essa onda”, dizíamos, mas não conseguíamos parar. Deslizávamos até o raso e, rindo, corríamos de volta pro fundo. Foi um daqueles momentos em que tudo ao redor desaparece. Uma voz me sussurrou que estava fazendo papel de ridícula – mas outra, muito mais alta, me lembrou que não existe ridículo quando se é feliz.

Almoçamos num pub alemão em São Pedro de Alcântara (a primeira cidade de colonização alemã em Santa Catarina). O cardápio tem seis pratos: a maioria envolvendo batata, carne e repolho. Provamos dois deles, acompanhados de chopp e seguidos de sobremesa. Além da comida deliciosa, o ambiente é todo decorado e os garçons se vestem a caráter.

No domingo, acordamos às 7h e nos aprontamos para mais um passeio. Até que abril decidiu ser outono: o tempo fechou e começou a chover. Vesti um casaco por cima do biquíni e fomos pra padaria. Depois do almoço, cochilamos acalentados por um filme entediante na televisão. Terminei o dia dando banho na Matilda e na Violeta – que passaram a tarde brincando no canteiro de obras da casa dos meus pais.

Sobre o pub:

  1. O pub alemão foi indicação de um amigo – e é realmente muito bom! Vale lembrar que o cardápio completo só é servido nas quintas, sextas e sábados, que é quando o chef de cozinha está lá. Nos outros dias, têm opções de pratos mais simples. O Facebook deles é esse: www.facebook.com/KneipeWeisskopf.

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