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  • 16 de nov. de 2012






De uma semana pra outra, comecei a ir pro ballet no escuro – às cinco da tarde! E não é escurecendo. É escuro mesmo. Noite. Foi aí que percebi como os dias estão assustadoramente mais curtos. Às 16h30 o sol se põe. E esse horário só vai diminuir, até chegar às 15h50 em Dezembro.

O mais estranho dos dias curtos são as noite longas. Às 20h, já tive vontade de jantar umas cinco vezes e tô considerando ir pra cama. Às 23h, tá escuro há tanto tempo que fico esperando o sol nascer a qualquer hora. Mas ele só vai aparecer no dia seguinte, às oito da manhã.

Não é à toa que aqui os colégios começam às 9h e as festas não passam muito de meia-noite. É o ritmo da vida em sintonia com o da Terra. 🙂

 
  • 15 de nov. de 2012










A feirinha vintage da Tobacco Factory não foi nada demais. Esperava um brechó gigante, mas só tinham quatro barraquinhas.

No Brasil, teria achado o máximo e estaria ansiosa pela próxima. O problema é que, aqui em Bristol, tem um brechó por esquina. E todos costumam ser bons, limpinhos e baratos. Daí fica difícil a concorrência…

Acabei comprando só um cachecol – por 1 libra. Mas, de qualquer maneira, foi uma delícia fuçar entre as velharias. Tinham uns vestidos de 1950! Pensei que devia guardar melhor aquelas roupas que não uso mais. Afinal, um dia elas podem estar numa feirinha vintage também, não é? 🙂

 
  • 14 de nov. de 2012















Dá pra perceber por que tanta gente se decepciona em Stonehenge. Afinal, são apenas pedras fincadas no solo. Ainda por cima, os carros na movimentada estrada ao lado, os turistas afobados e a cerca que nos separa do monumento não ajudam a melhorar a impressão.

Mas pra entender o motivo pelo qual essa é das mais importantes construções pré-históricas é preciso ver além das pedras. É preciso voltar 5 mil anos, quando iniciou-se uma empreitada que só seria concluída nos próximos dois milênios.

Tudo começou por volta de 3.000 a.C., com a escavação de uma vala circular de 100 metros de diâmetro. Depois disso, gerações e gerações se encarregaram de trazer pedras de lugares distantes, esculpi-las e finca-las no solo – algumas pesavam 25 toneladas e foram carregadas por mais de 30 km. Ao final de 1.500 anos, acredita-se que o local estivesse assim. Hoje, somente 40% do monumento original ainda está lá – grande parte foi roubada ou usada para fazer estradas.

Stonehenge foi feito por uma cultura que não deixou relatos escritos. Até hoje não se sabe qual era sua função e por que tantas gerações dedicaram tempo, trabalho e vidas para construí-lo. Alguns dizem que foi um local de cura e ritual aos mortos – devido aos restos humanos e valas comuns encontrados ao redor. A explicação científica alega que era um observatório astronômico, já que do seu interior é possível determinar, com exatidão, datas como solstícios e equinócios. Outras teorias apontam que fosse um templo religioso e de peregrinação. E outras envolvem extraterrestres, magia e até mesmo o diabo.

No final da visita, concluí que o motivo da construção de Stonehenge ficou perdido no passado. Me fez pensar no que pode ter sido tão importante, a ponto de perdurar por gerações, mas que hoje já não faz mais sentido. Será que estamos dando valor pras coisas erradas? Será que perdemos nossa essência? Seja como for, é intrigante. E, se olhar além das pedras, uma experiência transcendental.

 
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